A Doença de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central que afeta, principalmente, a capacidade motora do paciente. Por isso, a fisioterapia é fundamental para ajudar no controle dos distúrbios de movimento.
A seguir, vamos explicar como a doença de Parkinson afeta a qualidade de vida dos pacientes e como o tratamento de fisioterapia pode auxiliar.
O que é a Doença de Parkinson?
A Doença de Parkinson é uma doença crônica e progressiva, com um quadro clínico rico em sintomas que se não tratados, tornam o paciente dependente.
Por ter sintomas bastante incapacitantes, a condição prejudica o desempenho de tarefas diárias, chegando a afetar o bem-estar, não só do paciente, como também podendo se estender aos cuidadores.
Os principais sintomas da Doença de Parkinson são os tremores, a lentificação de movimentos, a rigidez muscular, principalmente da região do tronco, alteração da postura, um déficit progressivo de equilíbrio e coordenação e em estados mais avançados pode apresentar déficits de atenção e aprendizagem, trazendo importantes limitações na vida do paciente, como:
•Diminuição do movimento dos braços;
•Dificuldade para se vestir;
•Perda da mímica facial;
•Diminuição da capacidade respiratória;
•Dores, principalmente no ombro e na região cervical.
•Dificuldade para se equilibrar;
•Dificuldade para alterar posturas (sentado/em pé);
•Maior tendência a quedas.
Além disso, o paciente com Doença de Parkinson também pode manifestar episódios de freezing, ou congelamento, condição que o impede de executar uma ação simples, como sair de um elevador.
Como a fisioterapia pode ajudar?
A fisioterapia para Parkinson é um recurso fundamental para amenizar as limitações decorrentes da doença.
Exercícios físicos
O tratamento fisioterápico pode ser feito desde o início. Ainda que nessa fase os sintomas sejam leves, o risco de queda e de perda funcional é alto. Nesse sentido, a fisioterapia pode ajudar por meio de:
•Exercícios aeróbicos (como esteira ou caminhada);
•Fortalecimento muscular;
•Alongamento;
•Equilíbrio;
•Coordenação.
•Técnicas de sequenciamento de movimentos
A fisioterapia também trabalha a bradicinesia (lentidão dos movimentos). O profissional orienta técnicas de sequenciamento de movimentos, ajudando o paciente a criar mecanismos de resposta quando o sintoma ocorrer. Isso o ajudará a executar ações no dia a dia, como levantar-se.
A fisioterapia para Parkinson também ajuda na melhora do desempenho de duplas tarefas, isto é, tarefas com duplas demandas, como falar enquanto anda.
Em estágios avançados, quando a dupla tarefa se torna muito difícil para o paciente, o fisioterapeuta o ajuda a identificar a situação para que ele escolha apenas uma tarefa e, assim, evite quedas.
As atividades complementares com uso de videogames ou óculos de realidade virtual ajudam os pacientes com Doença de Parkinson a melhorar a mobilidade, a capacidade de marcha e até mesmo as habilidades cognitivas.
Vale mencionar que a intensidade e a frequência dos exercícios variam conforme o estágio da doença e as características do paciente. A fisioterapia é importante da fase inicial à avançada, para proporcionar mais conforto ao paciente e prevenir complicações.
Por fim, lembre-se de que é fundamental contar com profissionais especialistas, que tenham capacidade de lidar com todas as demandas envolvidas na Doença de Parkinson.
O bom fisioterapeuta é essencial para a correta realização do tratamento e um acompanhamento individualizado.