O que são as vacinas antialérgicas?


As vacinas antialérgicas, também conhecidas como imunoterapia ou vacinas de dessensibilização, são uma forma de tratamento para pessoas que sofrem com diferentes tipos de alergias, como por exemplo: alergia respiratórias; alergias sazonais como (pólen, ácaros, mofo); alergias a pelos de gato, cão). Etc...

Essas vacinas são desenvolvidas para ajudar o sistema imunológico do paciente a se tornar menos sensível aos alérgenos específicos que causam suas reações alérgicas. A imunoterapia funciona expondo gradualmente o paciente a quantidades crescentes de alérgenos ao longo do tempo. O objetivo é dessensibilizar o sistema imunológico, levando-o a desenvolver tolerância aos alérgenos e, assim, reduzir ou eliminar as reações alérgicas.

O tratamento de imunoterapia é personalizado para cada paciente, e as vacinas são geralmente administradas através de injeções sob a pele. Inicialmente, as injeções contêm uma quantidade muito pequena de alérgeno, e a dose é gradualmente aumentada durante um período de várias semanas ou meses até atingir a dose de manutenção. O paciente então recebe injeções regulares dessa dose de manutenção ao longo de um período que pode variar de três a cinco anos.

A vacina antialérgica é o único tratamento capaz de modificar o curso natural das doenças alérgicas, conseguindo uma melhoria sustentada durante vários anos.

Embora a imunoterapia possa ser eficaz para muitas pessoas com alergias graves e debilitantes, é um tratamento de longo prazo e requer acompanhamento médico cuidadoso devido ao risco de reações alérgicas adversas durante o processo de dessensibilização.


Como funciona a vacina?
O funcionamento da vacina antialérgica é baseado no princípio de expor gradualmente o sistema imunológico do paciente aos alérgenos que provocam as reações alérgicas. Isso é feito por meio da administração de doses crescentes dos extratos alergênicos a que é alérgico, e assim atua reduzindo a sensibilidade do organismo ao alergênico, reeducando o sistema imunológico de forma a que o organismo reaja menos ou deixe de reagir contra os elementos do meio ambiente a que se é alérgico.

O tratamento geralmente ocorre em duas fases:

Fase de Indução: Nesta fase inicial, o paciente recebe injeções contendo quantidades muito pequenas dos alérgenos aos quais é sensível. A dosagem é aumentada gradativamente, geralmente ao longo de várias semanas ou meses. Essa exposição gradual ao alérgeno tem o objetivo de dessensibilizar o sistema imunológico, fazendo com que ele desenvolva uma resposta menos intensa às substâncias alergênicas.

Portanto, a imunoterapia específica ou vacina antialérgica “adormece” as células responsáveis pelas reações alérgicas, que desta forma produzem menos ou nenhuma histamina, após a exposição às substâncias a que se é alérgico e os sintomas diminuem substancialmente.

Fase de Manutenção: Após a fase de indução, o paciente entra na fase de manutenção. Nesse estágio, o paciente recebe injeções regulares da dose de manutenção, que é a dose final e efetiva para a dessensibilização. Essa fase pode durar de três a cinco anos, dependendo do caso e da orientação médica.

A vacina antialérgica é personalizada para cada paciente, pois as substâncias alergênicas a serem utilizadas são selecionadas com base nas alergias específicas de cada pessoa. O tratamento requer acompanhamento médico cuidadoso, pois pode haver riscos de reações alérgicas durante o processo de dessensibilização.
Com o tempo, a imunoterapia pode levar a uma redução significativa dos sintomas alérgicos e proporcionar alívio a longo prazo. Para muitas pessoas, essa é uma opção de tratamento eficaz para alergias graves e persistentes que afetam sua qualidade de vida. É fundamental que o tratamento seja realizado sob a supervisão de um profissional de saúde especializado em alergias.

O que são doenças alérgicas?
Doenças alérgicas são condições de saúde que ocorrem como resultado de uma resposta exagerada e inadequada do sistema imunológico a substâncias estranhas, chamadas alérgenos. O sistema imunológico normalmente protege o corpo contra invasores como bactérias e vírus, mas em pessoas com alergias, o sistema imunológico reage de maneira anormal a alérgenos comuns presentes no ambiente ou em alimentos.

Os alérgenos podem variar amplamente e incluir substâncias como pólen, pelos de animais, ácaros, mofo, produtos químicos, medicamentos, alimentos (como amendoim, leite, ovos) e venenos de insetos (como picadas de abelhas e vespas).

As doenças alérgicas podem afetar diferentes partes do corpo e incluem condições como:

Rinite Alérgica: Inflamação do revestimento do nariz causada pela exposição a alérgenos como pólen, poeira ou pelos de animais. Os sintomas incluem espirros, coriza, coceira no nariz e congestionamento nasal.

Asma Alérgica: Inflamação e estreitamento das vias aéreas pulmonares em resposta a alérgenos inalados, resultando em dificuldade para respirar, tosse e chiado no peito.

Dermatite Alérgica (ou eczema atópico) : Inflamação da pele causada por alérgenos em contato com a pele, como certos produtos químicos, metais (níquel) ou plantas.

Urticária: Erupções cutâneas avermelhadas, elevadas e com coceira intensa. Essas erupções podem variar de tamanho e forma e geralmente aparecem de forma repentina em diferentes áreas do corpo. A urticária é uma manifestação comum de alergias, mas nem sempre é causada por uma reação alérgica.

Conjuntivite Alérgica: é uma condição ocular comum que ocorre devido a uma reação alérgica no tecido fino e transparente que cobre a parte branca do olho (conjuntiva) e a parte interna das pálpebras. Essa reação alérgica é desencadeada pela exposição a alérgenos específicos, como pólen, pelos de animais, ácaros, mofo, poeira ou outros irritantes presentes no ambiente.

Alergias Alimentares: Reações alérgicas desencadeadas por certos alimentos, podendo levar a sintomas gastrointestinais, cutâneos ou respiratórios.

Alergias a Medicamentos: Reações alérgicas a determinados medicamentos, que podem variar de leves a graves.

Alergias a Picadas de Insetos: Reações alérgicas a picadas de abelhas, vespas, formigas, entre outros insetos venenosos.

Alergia a Látex: Reações alérgicas ao contato com produtos de látex, como luvas, balões e dispositivos médicos.

As doenças alérgicas podem variar em gravidade, desde sintomas leves e incômodos até reações graves e potencialmente fatais, como anafilaxia. O diagnóstico e tratamento adequados são essenciais para gerenciar as alergias e melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas. Os alérgenos específicos que desencadeiam as reações alérgicas podem ser identificados por meio de testes alérgicos, e o tratamento pode incluir medicamentos para controlar os sintomas e a imunoterapia para a dessensibilização a longo prazo.

As vacinas antialérgicas estão indicadas nos casos de doenças respiratórias (rinite e/ou asma) de causa alérgica comprovada, nos casos de alergia a abelhas ou vespas, ou ao látex. Algumas alergias cutâneas também melhoram com a imunoterapia específica, embora nestes casos muitas vezes a eficácia possa não ser tão elevada.

Principais Alérgenos
Os principais alérgenos são substâncias ou partículas presentes no ambiente que desencadeiam uma resposta alérgica do sistema imunológico em pessoas sensíveis. Essas reações alérgicas podem afetar diferentes partes do corpo, como a pele, os olhos, o nariz e os pulmões. Os principais alérgenos incluem:

Pólen: O pólen é uma partícula liberada pelas plantas para fertilizar outras plantas. É uma causa comum de alergia respiratória sazonal (febre do feno), afetando principalmente durante a primavera e o verão.

Ácaros: Os ácaros são aracnídeos de dimensões microscópicas que vivem em ambientes quentes e úmidos, como colchões, travesseiros, tapetes e estofados. As alergias a ácaros são frequentemente crônicas e podem afetar o sistema respiratório.

Pelos e caspa de animais: Alergias a pelos de animais, como gatos, cachorros e cavalos, são comuns em pessoas sensíveis aos alérgenos presentes na pele, saliva e urina dos animais.

Mofo: O mofo é um tipo de fungo que cresce em ambientes úmidos e mal ventilados. As esporas de mofo podem desencadear alergias respiratórias.

Poeira doméstica: A poeira doméstica contém uma variedade de alérgenos, incluindo ácaros, pelos de animais, esporas de mofo e partículas de insetos, que podem desencadear reações alérgicas em algumas pessoas.

Insetos e seus venenos: As picadas de insetos, como abelhas, vespas, formigas e mosquitos, podem desencadear reações alérgicas em algumas pessoas, incluindo a *anafilaxia. Os venenos de abelha e de vespa podem provocar reações muito graves e potencialmente fatais.

Alimentos: Alguns alimentos são conhecidos por desencadear alergias alimentares, como amendoim, leite, ovos, trigo, frutos do mar e nozes.

Medicamentos: Certos medicamentos, como penicilina e outros antibióticos, podem causar reações alérgicas em algumas pessoas.

Látex: O látex é uma substância natural encontrada na borracha natural. Pessoas alérgicas ao látex podem desenvolver reações alérgicas após o contato com luvas de látex, balões e produtos médicos feitos de borracha.

É importante lembrar que a sensibilidade a alérgenos pode variar de pessoa para pessoa, e nem todas as pessoas reagem da mesma forma aos mesmos alérgenos. Se você suspeita que tem alergia a algum desses alérgenos ou a qualquer outra substância, é recomendado procurar um médico alergologista para realizar testes de alergia e obter um diagnóstico adequado.

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• Alergias aos ácaros;
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Doentes com indicação para vacinas antialérgicas
Em geral, as vacinas antialérgicas (imunoterapia específica) estão indicadas nos seguintes casos:

1. Quem sofre de rinite alérgica sazonal ou perene: Pessoas com alergias a pólen, ácaros, mofo, pelos de animais e outros alérgenos inaláveis que causam sintomas como espirros, coriza, coceira no nariz e congestão nasal.

2. Quem têm asma alérgica: Pacientes que apresentam asma desencadeada por alérgenos respiratórios, com sintomas como dificuldade para respirar, tosse e chiado no peito.

3. Quem apresenta alergias a picadas de insetos: Pessoas que têm alergia a picadas de insetos, como abelhas, vespas, formigas e mosquitos, que podem levar a reações sistêmicas graves, incluindo anafilaxia.

4. Quem demonstraram alergia a certos alimentos ou medicamentos: Em casos de alergias alimentares ou alergias a medicamentos, a imunoterapia pode ser indicada para pacientes que apresentam reações alérgicas graves e que não podem evitar completamente o alérgeno.

Geralmente, a imunoterapia é considerada quando os sintomas alérgicos são significativos, persistentes e interferem na qualidade de vida do paciente, apesar do tratamento com medicamentos convencionais. Antes de iniciar a imunoterapia, é necessário um diagnóstico preciso da alergia por meio de testes alérgicos realizados por um médico alergologista.

É importante lembrar que a imunoterapia é um tratamento de longo prazo que requer comprometimento do paciente, pois envolve a administração regular de injeções sob a pele ou o uso de comprimidos sublinguais com o alérgeno específico. Além disso, a imunoterapia deve ser administrada sob a supervisão de um profissional de saúde especializado, devido ao risco potencial de reações alérgicas durante o tratamento.

Cada caso é único, e a decisão de iniciar a imunoterapia deve ser individualizada e baseada nas necessidades e condições específicas do paciente, após avaliação médica adequada.

Procure um alergologista para indicar e acompanhar seu tratamento

Pessoas com mais de um tipo de alergia pode usar vacina antialérgica?
Sim, pessoas que têm mais de um tipo de alergia podem ser candidatas ao uso de vacinas antialérgicas, desde que atendam aos critérios de indicação estabelecidos por um médico alergologista.

A decisão de usar a vacina antialérgica para tratar múltiplas alergias dependerá da gravidade dos sintomas, do histórico médico do paciente, dos resultados dos testes alérgicos e da avaliação individualizada do médico alergologista. O médico irá considerar quais alérgenos estão causando os sintomas mais problemáticos e definir a melhor abordagem terapêutica.

É importante ressaltar que a imunoterapia é um tratamento de longo prazo e requer comprometimento do paciente. Geralmente, a vacina é administrada para tratar os alérgenos mais relevantes para o paciente e, eventualmente, pode abranger diferentes alérgenos, conforme a evolução do tratamento e a resposta do sistema imunológico.

Se você ou alguém que você conhece tem mais de um tipo de alergia e está considerando a imunoterapia como opção de tratamento, é fundamental consultar um médico alergologista para uma avaliação completa e orientações adequadas. O profissional de saúde irá avaliar cuidadosamente o caso e recomendar a melhor abordagem terapêutica para gerenciar as alergias e melhorar a qualidade de vida do paciente.

O que fazer quando não se comprova a alergia porque os resultados dos exames são negativos?
Quando os resultados dos testes cutâneos e das análises laboratoriais são negativos, mas os sintomas alérgicos persistem, pode ser frustrante e confuso para o paciente. Existem várias razões pelas quais os testes podem não mostrar uma resposta alérgica, apesar dos sintomas. Algumas dessas razões incluem:

1. Sensibilidade não detectada: Os testes cutâneos e análises laboratoriais nem sempre conseguem detectar todas as sensibilidades alérgicas. Algumas pessoas podem ter reações alérgicas a substâncias que não são comuns nos testes padrão.

2. Alergias não mediadas por IgE: Os testes cutâneos e laboratoriais geralmente se concentram em alergias mediadas por anticorpos do tipo IgE (imunoglobulina E). No entanto, algumas alergias podem ser mediadas por outros mecanismos imunológicos, que não são detectados por esses testes.

3. Sensibilidade a irritantes: Algumas pessoas podem apresentar sintomas semelhantes aos da alergia em resposta a irritantes, como produtos químicos, odores ou temperaturas extremas. Essas reações não são alérgicas, mas podem ser confundidas com alergias.

4. Intolerâncias alimentares ou intolerâncias não alérgicas: Algumas pessoas podem ter sintomas após a ingestão de certos alimentos, mas isso pode ser devido a intolerâncias alimentares, que não envolvem o sistema imunológico como as alergias alimentares.

5. Alergias sazonais ou intermitentes: Os testes podem ser realizados em um momento em que o paciente não está exposto ao alérgeno relevante. Algumas alergias, como as sazonais, podem ocorrer apenas em certas épocas do ano.

Se os resultados dos testes forem negativos, mas você continua apresentando sintomas alérgicos, é essencial continuar a trabalhar em conjunto com um médico especialista, como um alergologista, para identificar a causa subjacente dos sintomas. O médico pode conduzir uma avaliação detalhada da história clínica, dos sintomas e do ambiente em que você vive para ajudar a determinar a origem dos problemas. Em alguns casos, o médico pode realizar outros testes específicos ou sugerir uma abordagem terapêutica baseada nos sintomas clínicos.

Quando os resultados dos exames alérgicos são negativos, mas os sintomas alérgicos persistem, é importante continuar investigando a causa dos sintomas e buscar uma abordagem diagnóstica mais abrangente. Aqui estão algumas etapas que podem ser úteis nessa situação:

1. Avaliação clínica detalhada: Consulte um médico alergologista ou imunologista para uma avaliação clínica completa. O médico irá revisar sua história médica, histórico de sintomas e exposições ambientais para ajudar a identificar possíveis gatilhos.

2. Manter um diário de sintomas: Registre detalhadamente os sintomas que você experimenta, bem como qualquer exposição ambiental, alimentar ou outras circunstâncias que possam estar associadas aos sintomas. Isso pode ajudar a identificar padrões e possíveis desencadeadores.

3. Excluir outras condições: Alguns sintomas podem ser causados por outras condições médicas que não estão relacionadas a alergias. O médico pode realizar outras investigações e testes para excluir outras causas possíveis.

4. Testes específicos: Se os testes padrão não mostraram uma resposta alérgica, o médico pode considerar realizar outros testes específicos para identificar sensibilidades menos comuns ou alergias mediadas por outros mecanismos imunológicos.

5. Testes de provocação: Em alguns casos, o médico pode realizar testes de provocação controlada, nos quais o paciente é exposto a um possível alérgeno sob supervisão médica rigorosa para avaliar as respostas.

6. Avaliação ambiental: Uma avaliação do ambiente em que você vive pode ser útil para identificar possíveis alérgenos ocultos ou irritantes.

7. Considerar intolerâncias alimentares: Alguns sintomas podem ser causados por intolerâncias alimentares que não envolvem o sistema imunológico. O médico pode considerar testes ou uma dieta de eliminação para investigar possíveis intolerâncias alimentares.

8. Opinião de outros especialistas: Em alguns casos, pode ser útil obter uma segunda opinião de outros especialistas, como alergologistas, imunologistas, dermatologistas ou gastroenterologistas, dependendo dos sintomas apresentados.

Lembre-se de que cada caso é único, e o diagnóstico correto é fundamental para o tratamento adequado. Trabalhar em conjunto com um profissional de saúde qualificado, compartilhando todas as informações relevantes sobre seus sintomas e histórico, pode ajudar a determinar a causa dos sintomas e encontrar a melhor abordagem terapêutica para melhorar sua qualidade de vida.

Posso usar vacina de alergia durante a gravidez?
A decisão de usar vacinas de alergia durante a gravidez deve ser tomada com extrema cautela e orientação médica adequada. Em geral, a imunoterapia (vacina de alergia) não é iniciada ou modificada durante a gravidez devido à falta de evidências suficientes sobre sua segurança durante esse período.

Durante a gravidez, a prioridade é garantir a saúde e segurança tanto da mãe quanto do feto. Embora não existam evidências definitivas de que a imunoterapia cause danos ao feto, também não há estudos conclusivos que comprovem sua total segurança durante a gestação. Como resultado, muitos médicos evitam prescrever ou modificar a imunoterapia durante a gravidez, a menos que os benefícios claramente superem os riscos.

É frequente o agravamento das doenças alérgicas na gravidez. Apesar de haver medicamentos para as alergias que se podem utilizar durante a gravidez, as opções são mais limitadas e, por isso, o ideal é que as mulheres com suspeita de patologia alérgica deveriam ser avaliadas pelo Médico alergologista antes de planejarem engravidar para estudo das alergias e eventualmente iniciar as vacinas, de forma a permitir minimizar a necessidade de terapêuticas sistémicas.

Se você está pensando em engravidar ou já está grávida e está em tratamento com vacinas de alergia, é fundamental conversar com o seu médico alergologista. Eles irão avaliar cuidadosamente o seu caso, considerando a gravidade das alergias, a estabilidade dos sintomas e a possibilidade de outras opções de tratamento durante a gravidez. Em alguns casos, pode ser necessário suspender temporariamente a imunoterapia durante a gestação e reavaliar a possibilidade de retomá-la após o parto e a amamentação.

A segurança de qualquer tratamento durante a gravidez deve ser avaliada individualmente, e a decisão final será tomada em conjunto com o médico, levando em consideração os riscos e benefícios para a mãe e o bebê.

Se você está grávida e enfrenta problemas alérgicos, é importante conversar com seu médico para receber orientações adequadas sobre o manejo dos sintomas durante a gestação e as alternativas de tratamento seguras para esse período especial.

A vacina de alergia engorda?
Não! O efeito da vacina é muito específico, sobre as células do sistema imunitário que provocam as reações alérgicas e, por isso, não há aumento do peso. Muito pelo contrário, ao melhorar os sintomas de alergia, diminui a necessidade de tratamento com corticoides (cortisona) por via oral ou injetável, e esses sim podem provocar aumento de peso.

Vias de administração das vacinas antialérgicas
As vacinas antialérgicas, também conhecidas como imunoterapia ou vacinas de dessensibilização, podem ser administradas por diferentes vias, dependendo da preferência do paciente, do tipo de alérgeno e da formulação da vacina. As principais vias de administração das vacinas antialérgicas são:

1. Subcutânea (via injetável): Essa é a via mais comum de administração das vacinas antialérgicas. As doses da vacina são aplicadas sob a pele, geralmente no braço, coxa ou barriga. As injeções são administradas pelo profissional de saúde em um ambiente médico supervisionado.

2. Sublingual (via oral): Algumas vacinas antialérgicas são disponibilizadas na forma de comprimidos ou gotas sublinguais que são colocados sob a língua e dissolvidos. Essa via é mais conveniente e pode ser autoadministrada em casa. No entanto, nem todas as vacinas antialérgicas estão disponíveis nessa formulação.

A escolha da via de administração dependerá do tipo de vacina antialérgica prescrita pelo médico, da resposta do paciente a cada opção e da disponibilidade dos produtos específicos em cada região.

É importante ressaltar que a imunoterapia é um tratamento de longo prazo e requer acompanhamento médico regular. A administração das vacinas deve ser realizada sob supervisão médica em um ambiente controlado, especialmente no caso da via injetável. O tratamento com vacinas antialérgicas visa dessensibilizar o sistema imunológico ao alérgeno específico e requer um cronograma de doses progressivas para alcançar o efeito desejado.

Se você está considerando iniciar a imunoterapia ou tem alguma dúvida sobre a melhor via de administração para o seu caso, é fundamental consultar um médico alergologista. O profissional de saúde irá avaliar suas alergias, histórico médico e necessidades individuais para recomendar a abordagem mais adequada para o tratamento das suas alergias.

Extratos alergênicos que são colocados nas vacinas.
As vacinas antialérgicas, também conhecidas como vacinas de imunoterapia ou vacinas de dessensibilização, contêm extratos alergênicos específicos que são cuidadosamente selecionados com base nas alergias do paciente. Esses extratos alergênicos são preparados a partir de substâncias naturais que causam alergias em determinadas pessoas. Alguns exemplos de extratos alergênicos comuns utilizados nas vacinas antialérgicas incluem:

Pólen: Os extratos alergênicos de pólen são comuns para tratar alergias respiratórias sazonais, como febre do feno. Eles podem incluir extratos de pólen de gramíneas, árvores e ervas daninhas.

Ácaros: Extratos alergênicos de ácaros são frequentemente usados para tratar alergias a ácaros presentes em poeira doméstica.

Mofo: Extratos alergênicos de fungos e esporos de mofo são usados para tratar alergias causadas por mofo.

Epitélios de animais: Esses extratos são preparados a partir de proteínas encontradas nos pelos e na pele de animais, como cães, gatos e cavalos, e são usados para tratar alergias a animais de estimação.

Picadas de insetos: Extratos alergênicos podem ser usados para tratar alergias a picadas de insetos, como abelhas e vespas.

Alimentos: Em alguns casos, a imunoterapia pode ser usada para tratar alergias alimentares, e os extratos alergênicos são preparados a partir de proteínas alimentares específicas, como amendoim, leite ou ovos.

É importante destacar que os extratos alergênicos usados nas vacinas antialérgicas são cuidadosamente padronizados e testados para garantir sua eficácia e segurança. O objetivo é dessensibilizar o sistema imunológico do paciente em relação a esses alérgenos específicos, reduzindo ou eliminando as reações alérgicas ao longo do tratamento.

A escolha dos extratos alergênicos e a formulação das vacinas antialérgicas são feitas com base nas alergias específicas de cada paciente, conforme determinado pelos testes alérgicos realizados por um médico alergologista. O tratamento com vacinas antialérgicas é individualizado e requer um acompanhamento médico regular para ajustar as doses conforme necessário e monitorar a resposta do paciente ao tratamento.

Como aplicar a vacina de alergia?
A aplicação da vacina antialérgica, deve ser realizada por um profissional de saúde treinado, como um médico alergologista ou uma enfermeira. A administração da vacina de alergia geralmente é feita por via subcutânea, ou seja, a injeção é aplicada sob a pele.

Preparação: O profissional de saúde preparará a vacina antialérgica com o extrato alergênico específico para o paciente, de acordo com a dose prescrita.
Local de aplicação: O local de aplicação geralmente é na parte superior do braço, na coxa ou no abdômen. O local pode ser limpo com álcool para reduzir o risco de infecção.

Administração da vacina: O profissional de saúde irá inserir uma agulha fina no tecido subcutâneo e injetar a vacina de alergia. A injeção é relativamente rápida e geralmente causa apenas um desconforto mínimo.

Observação: Após a aplicação, o paciente será observado por um curto período de tempo para garantir que não ocorram reações imediatas à vacina. Algumas reações leves no local da injeção, como vermelhidão ou inchaço, podem ocorrer e são normais.

Agendamento das próximas doses: O paciente receberá instruções sobre o cronograma de doses subsequentes da vacina de alergia e agendará a próxima aplicação conforme prescrito pelo médico.

É importante seguir rigorosamente as orientações do médico e comparecer a todas as consultas agendadas para a aplicação das doses da vacina de alergia. A imunoterapia é um tratamento de longo prazo que requer comprometimento do paciente e acompanhamento médico regular para garantir a eficácia e segurança do tratamento.

Riscos e reações adversas das vacinas antialérgicas
Uma vez que a vacina contém as substâncias a que a pessoa é alérgica, existe sempre o potencial risco de desencadear uma reação alérgica. As reações mais frequentes ocorrem com as vacinas injetáveis e são locais, e tendem a diminuir com o tempo. Pode haver desconforto, calor, comichão ou inchaço no local da injeção. No entanto, é importante destacar que a imunoterapia é considerada um tratamento seguro e eficaz para muitas pessoas com alergias graves, quando administrada por profissionais de saúde treinados e em ambiente médico supervisionado.

A aplicação local de gelo, de pomadas com corticoides e/ou a toma de anti-histamínicos orais normalmente resolve estes efeitos colaterais. No entanto, apesar de raras, em alguns casos podem ocorrer complicações generalizadas, como por exemplo crises de urticária ou comichão generalizada, rinite, asma. Por isso, a vacina deve ser administrada em unidade de saúde por médicos ou enfermeiros e o doente deve permanecer sob vigilância médica pelo menos 30 minutos para avaliar possíveis reações adversas.

Alguns dos riscos e reações adversas das vacinas antialérgicas incluem:
Reações locais no local da injeção: Após a aplicação da vacina de alergia, é comum ocorrer vermelhidão, inchaço e coceira no local da injeção. Essas reações são geralmente leves e temporárias.

Reações sistêmicas leves: Algumas pessoas podem experimentar reações leves após a administração da vacina, como espirros, coriza, tosse, coceira na pele ou olhos lacrimejantes. Essas reações costumam ser passageiras e desaparecem em pouco tempo.

Reações sistêmicas graves: Embora raras, as reações alérgicas graves, conhecidas como anafilaxia, podem ocorrer após a administração da vacina antialérgica. A anafilaxia é uma emergência médica que requer tratamento imediato com epinefrina (adrenalina) e cuidados médicos urgentes.

Agravamento dos sintomas alérgicos: Em alguns casos, as vacinas antialérgicas podem levar a um agravamento temporário dos sintomas alérgicos antes que ocorra a melhora. Isso é conhecido como "reação de agravamento" e geralmente ocorre durante a fase de indução do tratamento.

Falta de resposta: Nem todas as pessoas respondem positivamente à imunoterapia. Algumas pessoas podem não apresentar melhora significativa dos sintomas alérgicos com o tratamento.

É importante lembrar que os benefícios da imunoterapia geralmente superam os riscos, especialmente em pacientes com alergias graves e persistentes que não obtiveram alívio adequado com outras abordagens de tratamento. O tratamento com vacinas antialérgicas deve ser individualizado e baseado na avaliação completa do médico, levando em consideração a gravidade das alergias e as necessidades específicas de cada paciente.

No caso das vacinas sublinguais poderá haver comichão nos lábios ou língua ou dor abdominal ou diarreia, mas são pouco frequentes e normalmente não é necessário tratamento.

As vacinas para a alergia praticam-se há mais de 100 anos e não se verificaram outros efeitos secundários a longo prazo.

Duração do tratamento de imunoterapia
A duração do tratamento de imunoterapia, pode variar de paciente para paciente e depende de vários fatores, incluindo o tipo de alergia, a gravidade dos sintomas e a resposta individual ao tratamento. Em geral, a imunoterapia é um tratamento de longo prazo, que pode durar de alguns meses a vários anos. De acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), a duração total da imunoterapia é de 3 a 5 anos.

A decisão sobre o tempo de duração pertence ao Médico Alergologista, e depende da resposta individual do organismo de cada pessoa à vacina.

A imunoterapia é composta por duas fases principais:

Fase de indução: Essa é a fase inicial do tratamento, na qual são administradas doses progressivamente crescentes do alérgeno específico para dessensibilizar o sistema imunológico do paciente. A duração da fase de indução varia, mas geralmente pode levar de 3 a 6 meses.

Fase de manutenção: Após a fase de indução, a imunoterapia entra na fase de manutenção, na qual doses regulares do alérgeno são administradas para manter a dessensibilização alcançada na fase anterior. A duração da fase de manutenção pode variar consideravelmente, geralmente durando de 3 a 5 anos ou até mais, dependendo do caso.

O tratamento com imunoterapia é altamente individualizado, e o médico alergologista determinará o cronograma de doses e a duração do tratamento com base na resposta do paciente, avaliação clínica e acompanhamento regular.

É importante seguir rigorosamente o plano de tratamento prescrito pelo médico e comparecer a todas as consultas agendadas para a administração das doses da vacina antialérgica. A interrupção prematura ou a não adesão ao tratamento pode comprometer os resultados e a eficácia da imunoterapia.

Alternativas terapêuticas
Os medicamentos prescritos pelos médicos aliviam os sintomas de alergia e reduzem a inflamação alérgica. São eficazes, mas, muitas vezes, é necessária a sua administração diária e prolongada porque se trata de doenças crónicas. Esta opção não proporciona benefícios a longo prazo e os sintomas reaparecem quando se interrompem os medicamentos porque este tipo de tratamento não exerce qualquer influência na progressão natural da doença. No entanto, em situações de alergia ligeira ou sintomas intermitentes é perfeitamente adequado.

A imunoterapia é o único tratamento que se mostrou capaz de controlar e travar a progressão natural da doença. Ao modificar o sistema imunitário, a longo prazo, este tratamento possibilita ao organismo a tolerância da presença de alérgenos sem sintomas durante vários anos.

Médico e doente devem discutir benefícios, riscos e custos das várias opções terapêuticas até concordarem quanto ao plano de tratamento. Tendo em conta a situação clínica e a preferência do doente, a imunoterapia com alérgenos pode ser, ou não, recomendável. Os doentes que sofreram efeitos adversos com a medicação ou que desejem evitar ou reduzir o uso prolongado de medicamentos também são candidatos a imunoterapia.

Vantagens das vacinas antialérgicas
As vacinas têm uma elevada taxa de eficácia, desde que bem selecionadas e aplicadas nos doentes com as indicações já descritas. De modo diferente do que acontece com os tratamentos sintomáticos com fármacos, as vantagens da imunoterapia é que trata diretamente a causa da doença, o seu efeito mantém-se durante vários anos, pode impedir o desenvolvimento da asma nos doentes com rinite alérgica e, também previne o desenvolvimento de novas alergias.

Algumas das principais vantagens das vacinas antialérgicas incluem:

Redução dos sintomas alérgicos: A imunoterapia visa dessensibilizar o sistema imunológico do paciente em relação ao alérgeno específico, reduzindo a resposta alérgica e, consequentemente, os sintomas alérgicos. Isso pode levar a uma melhora significativa nos sintomas, como espirros, coriza, coceira nos olhos, tosse, chiado no peito e outros sintomas respiratórios relacionados a alergias.

Efeito a longo prazo: A imunoterapia tem como objetivo alcançar uma melhora sustentada e duradoura nos sintomas alérgicos, mesmo após a conclusão do tratamento. Muitos pacientes relatam uma redução significativa na necessidade de medicamentos e uma melhora geral na qualidade de vida a longo prazo.

Possível prevenção do desenvolvimento de novas alergias: A imunoterapia pode ajudar a prevenir o desenvolvimento de novas alergias em pacientes com sensibilização a alérgenos específicos, reduzindo o risco de novas alergias no futuro.

Menor necessidade de medicamentos: Com a imunoterapia, muitos pacientes relatam uma diminuição na necessidade de medicamentos para o controle dos sintomas alérgicos, o que pode reduzir os custos com medicamentos a longo prazo.

Tratamento específico para a causa da alergia: Diferente dos medicamentos sintomáticos que apenas aliviam os sintomas, a imunoterapia aborda a causa da alergia, tentando modificar a resposta do sistema imunológico ao alérgeno específico.

Segurança em comparação com outros tratamentos: A imunoterapia é geralmente bem tolerada e considerada segura quando administrada por profissionais de saúde treinados em um ambiente médico supervisionado.

Melhora da qualidade de vida: A redução dos sintomas alérgicos e a melhora geral no controle das alergias podem levar a uma melhor qualidade de vida, permitindo que os pacientes realizem suas atividades diárias sem a interferência constante dos sintomas alérgicos.